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Competências Emergentes na AP

noticia 140O 11.º Congresso Nacional da Administração Pública teve início com uma mesa redonda sobre o tema "Prioridades das Políticas Públicas na Agenda das Competências".

Esta sessão de abertura contou com a participação da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, e do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor; e foi moderada pelo Presidente do Conselho de Administração da Lusa - Agência de Notícias de Portugal S.A., Nicolau Santos.

Neste contexto de pandemia e de adaptação a uma nova realidade, a liderança, a formação, as competências digitais e o teletrabalho foram alguns dos temas abordados, face à sua importância na definição das prioridades das políticas públicas atuais.

Alexandra Leitão lembrou que "os modelos de gestão têm de acompanhar as competências emergentes" e destacou a importância da transparência dos procedimentos e as vantagens da "flexibilidade que existe na modalidade de teletrabalho".

A responsável da tutela da Modernização do Estado e da Administração Pública acrescentou que "as soluções de formação para todos os momentos da vida e ao longo da vida" são essenciais e que, nesse sentido, deve existir um "reforço da verba dedicada à formação", não só para que as entidades possam proporcionar formação aos seus trabalhadores, mas também para que esta seja cada vez mais adequada às suas necessidades.

Já Manuel Heitor reforçou que a Administração Pública precisa de atrair mais jovens, visando a reconversão e atualização de competências num contexto de evolução tecnológica acelerada, conjugada com a sustentabilidade ambiental. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior deu ainda alguns exemplos de sucesso na adaptação da Administração Pública a este contexto de pandemia, nomeadamente a aplicação StayAway Covid, que, em 25 dias, foi descarregada por um milhão de pessoas.

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Durante a manhã, realizou-se ainda um debate em torno dos Valores Emergentes no Trabalho no Mundo Pós-Covid, com destaque para o papel do teletrabalho e da importância de existir uma integração de pessoas qualificadas nos serviços públicos e do seu rejuvenescimento.

Poder Local, Descentralização e Competências Emergentes 

A tarde teve início com uma entrevista ao Secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho, que salientou a mudança da administração local neste cenário de pandemia, o aumento da utilização das novas tecnologias e a adaptação dos trabalhadores a estas novas formas de trabalho. Jorge Botelho destacou ainda o papel que a tecnologia ganhou na sua "proximidade ao cidadão", embora a componente de atendimento presencial nunca deixe de ser importante.

Na terceira mesa redonda do dia, dedicada ao tema das Competências Emergentes na Administração Pública, a necessidade de melhorar a formação, motivação, avaliação e mérito dos trabalhadores de entidades públicas esteve no centro do debate. O facto de existir uma Administração Pública tão heterogénea e da formação e qualificação terem de ser adaptadas a estas diferenças foram destacadas pelos conferencistas, assim como a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal.

Conhece as quatro competências necessárias na liderança do serviço público?

O primeiro dia do 11.º Congresso Nacional da Administração Pública terminou com uma entrevista a Daniel Gerson. O Gestor de Projetos de Emprego e Gestão Pública da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico partilhou o mais recente relatório da OCDE "Liderança para um serviço público de alto desempenho - rumo a um sistema de serviço civil sénior nos países da OCDE", disponível aqui.

Fruto de um estudo que envolveu dez países, incide sobre as competências necessárias na liderança do serviço público e nas ferramentas que permitem fomentar essas competências. Através do estudo foi possível verificar que as principais competências são transversais aos países auscultados e que são quatro:

1) Valores de liderança, uma competência desafiante para os dirigentes do serviço público que muitas vezes tem de contrapor a inovação face à estabilidade e a eficiente face à inclusão.

2) Inclusão na diversidade. Como criar um ambiente seguro capaz de atrair os públicos que têm menos voz?

3) Envolver a base da organização nas tomadas de decisão. É essa a organização do futuro.

4) Capacidade de estabelecer parcerias e interagir com as pessoas através dos meios sociais atualmente disponíveis.

Afirma que é inspiradora a disponibilidade a que se tem assistido, por parte de quem trabalha no serviço público, para fazer face aos desafios da pandemia e que esta crise constitui uma oportunidade de reflexão sobre temas como a desburocratização. Perceber o que é essencial e o que pode ser flexibilizado através da otimização das ferramentas digitais.

Pode consultar aqui o programa completo do 11º Congresso Nacional da Administração Pública e inscrever-se no site do INA, nas sessões dos dias 24 e 25 de setembro.

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23 de setembro 2020